Biografia

| terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Em 18 de Agosto de 1964 nascia na pequena Karlsruhe (Alemanha), o único filho de Ursula e Hans Deris, que viria a se tornar um dos maiores ícones (injustiçado e cheio de talento e carisma) do Heavy Metal.

Andreas Deris, apelidado carinhosamente pelos familiares (e logo em seguida pelos fãs) de Andi, cresceu ao som de bandas tradicionais como: The Beatles, Satutus-Quo, e sempre mostrou ser fã do antológico Kiss, sendo que um dos primeiros discos que comprara fora a clássica coletânea Double Platinum.

Ainda adolescente, aos 15 anos, montou sua primeira banda (onde cantava) chamada Paranoid, e dois anos depois, trocara o nome dessa para Nameless. O baterista era ninguém menos que Ralph Mason, que futuramente tocaria com ele em seus dois discos solo: Come In From The Rain e Done By Mirrors. Ralph, que era amigo de Andi desde a 6ª série, aproximou-se mais, até que aos 19 anos do segundo, formaram o glorificado Kymera, do qual Ralph teve que sair, para terminar os estudos. Para substituí-lo, viera Kosta Zaphirou, e depois de 3 anos, estava formado o Pink Cream 69! Foram inclusos no line-up Alfred Koffler e Dennis Ward. A banda teve uma ascensão estrondosa na Europa, ganhando prêmios como "Metal Hammer Newcomer".

Após isso, receberam diversos convites de gravadoras, até que assinaram com a CBS. O primeiro ábum, entitulado de Pink Cream 69, fora muito bem aceito pelo público, e pela primeira vez eles sairam em tour pela Europa, com a banda White Lion. 1 ano depois, tocaram na América pela primeira vez, e público aceitou de braços abertos o Hard Rock inovador que a banda trazia consigo. Em 1991, eles já tinham nome e lugar, e lançaram seu segundo disco, considerado o clássico da banda, chamado One Size Fits All, emitido primeiramente na Europa e Japão, uma vez que em países do primeiro continente citado, esse conseguiu até mesmo primeira colacação! Em 1992, a banda tocou pela primeira vez no Japão, fazendo 5 shows, os quais eles usaram para produzir o vídeo Size It Up! Live in Japan.
Em 1993, lançam
Games People Play, álbum que marcaria a saída de Andi da banda, para uma tarefa não muito fácil: Em meados de 1993, ele é chamado para subistuir Michael Kiske, no HelloweeN, que havia sido o principal responsável pelo polêmico Chameleon, álbum que não havia agradado muito aos fãs. A tarefa de Andi era árdua, difícil, porém, mesmo com tantos problemas, ele conseguiu.


Em 1994 sai
Master Of The Rings, o que marcava uma nova fase da era metálica, e que mudava completamente a história do HelloweeN. O álbum agradou a todos e o trabalho de Andi foi visto como perfeito. No ano de 1996, já recuperado dos problemas ocorridos com o vocalista anterior, o HelloweeN divulga seu novo trabalho entitulado The Time Of The Oath, um álbum conceitual, com base nas profecias de Nostradamus. Foram um sucesso em questão de aceitação e vendas. Aliás, o indice de vendas desse disco, surpreendeu à todos, inclusive à banda! Nesse mesmo ano, o HelloweeN vem pela primeira vez à América do Sul.

No Brasil a banda tocou no Festival Monsters Of Rock em três cidades: Curitiba (Estádio Couto Pereira), Rio de Janeiro (Metropolitan) e em São Paulo (Estádio Pacaembu) no dia 24 de Agosto. Os fãs e a mídia, saudaram incessantemente Andi Deris.

Ainda em 96, fora lançado o inesquecível
High Live, com registros ao vivo da parte espanhola e italiana da The Time Of The Oath Tour. Esse mesmo (High Live), serviu para provar a competência de Andi e firmar de vez, seu lugar no HelloweeN.

Depois da longa tour, o
HelloweeN descansa, e em 1997, Andi enfoca-se no seu primeiro disco solo, chamado Come In From The Rain. Nesse, ele pode deixar um pouco de lado, o som pesado do HelloweeN (se comparado ao do disco) e experimentar gêneros novos. Em CIFTR, além de Andi nos vocais e violão, haviam também Peter Idera na guitarra, Ralph Maison na bateria e backing vocals e Gisbert Royder no baixo.

Após uma pausa de um ano, o
HelloweeN entra em estúdio com força total, à toda velocidade, para a produção de Better Than Raw, um álbum mais pesado que os anteriores, no qual Andi teve a capacidade de mostrar sua versatilidade e flexibilidade vocal, mudando de estilo em várias canções como: Push, Revelation, Handful Of Pain, Time, I Can, e também como guitarrista, fazendo algumas das partes de guitarra do disco. Neste, Andi tivera uma experiência nova: cantar a cristã Lavdate Dominvm, escrita por Weikath, em latim. O álbum fora um sucesso enorme, seguido por uma enorme tour mundial - turnê esta que incluiu e firmou o HelloweeN de vez em solo brasileiro. No fim de 1998, o HelloweeN executou uma gig especial por Nova York.

1999 foi um ano de trabalho árduo em estúdio. Andi estava com o
HelloweeN, gravando o álbum comemorativo (aniversário de 15 anos da banda) somente com covers, entitulado Metal Jukebox, que fora lançado apenas mais tarde, nesse mesmo ano. Após isso, ele grava seu segundo disco solo: Done By Mirrors, dessa vez com uma diferença no line-up do seu primeiro disco solo: Don Pupillo na guitarra. Done By Mirrors fora um trabalho diferente, com algumas canções lentas, e outras com influências perceptiveis do Heavy Metal. No começo de 2000, Andi assinara com a Massacre Records, e Done By Mirrors, que havia sido lançado apenas no Japão, fora lançado na Europa.

O ano de 2000 é marcado por um lançamento experimental do
HelloweeN. Um disco denominado obscuro, o qual foi resultado de um relacionamento nada Happy Happy dentro da banda: as incompreensões de Roland Grapow (guitarra) e Uli Kusch (bateria), com o cansaço de Andi Deris (vocal), Michael Weikath (guitarra) e Markus Großkopf (baixo), deram espaço na discografia para The Dark Ride. Refrões menos grudentos e alegres como os anteriores, uma tour longa, porém, cheia de um clima pesado. Um relacionamento intolerável. Foi nesse período em que Andi e Weikath decidiram sair do HelloweeN, e Großkopf, junto com eles. Felizmente, tudo se resolvera, e os problemas pareciam ter acabado com a saída de Kusch e Grapow. Apesar de toda a baixaria que os dois divulgaram na mídia, o HelloweeN continuava no topo com a diplomacia de anos atrás. E o HelloweeN, ou o que havia restado dele, tira férias.

Em 2003, temos uma grande e agradável surpresa: aquele
HelloweeN que havíamos visto de asas quebradas, se cura e volta a voar! Nós somos presenteados com Rabbit Don't Come Easy. Substituindo Roland Grapow, entra o jovem guitarrista Sascha Gerstner (ex-Freedom Call), que logo de cara, contribui de forma satisfatória nas composições e melodias, firmando-se de uma forma inacreditável na banda, em tão pouco tempo. Houveram problemas de line-up, novamente com bateristas: Mark Cross (ex-Metalium), que ocupara o posto de baterista, adoece durante as gravações do álbum RDCE, quando havia gravado apenas as faixas Don't Stop Being Crazy e Listen To The Flies, ambas escritas por Andi, sendo que a primeira foi dedicada à sua esposa, Lydia Deris.

Mark é obrigado a sair da banda por recomendações médicas devido à doença que havia acometido (Mononucleose), e no seu lugar entra
Mikkey Dee, famoso por seus trabalhos com o Motörhead. Ele grava o restante das faixas do disco, porém, decidira não sair em turnê com a banda devido a diferenças de estilos musicais e por já ter outros compromissos. Então, finalmente, aparece o lendário Stefan Schwarzmann (ex-U.D.O., Accept), e segue a turnê de Rabbit Don't Come Easy (Rabbits On The Run Tour) com a banda, que por sinal, fora um sucesso redundante - turnê esta que inicia-se no Brasil, tendo seu primeiro show em Porto Alegre (Bar Opinião), seguido de Curitiba (Moinho São Roque) - os fãs destas cidades foram os únicos que tiveram o privilégio de ouvir a música Just A Little Sign ao vivo -, São Paulo (Via Funchal), Belo Horizonte (Marista Hall) e Rio de Janeiro (Canecão). Todos sentiam-se bem e felizes ao ver novamente a performace alegre e carismática de Andi nos palcos, o que deixava a banda cada vez mais empolgada e feliz no que fazia ao vivo.

Passado alguns anos, agora em 2005, é a vez de um dos trabalhos mais polêmicos da carreira de Andi, se não for o mais polêmico de todos: O
HelloweeN decide lançar um legado dos 'Keepers' (saga que fora iniciada na fase de Michael Kiske na banda), e o nome do álbum é Keeper Of The Seven Keys - The Legacy. Infelizmente, muitos dos fãs da fase antiga se implicaram de uma forma estúpida com o álbum, o que, realmente, não degradou em nada a magia do disco e da tour. Agora, temos Dani Löble na bateria, que mostrou ser digno do trabalho estupendo que a banda de Andi faz. Na tour desse mesmo disco, foram gravados um DVD e um CD ao vivo, entitulados, respectivamente, de Live On 3 Continents e Live In São Paulo, sendo que a maior parte desses discos foram gravados no show do dia 25 de Março, de 2006, na maior capital brasileira.

Para dar um susto em todos, rapidamente o
HelloweeN informa à imprensa, em 2007, um novo álbum de estúdio com lançamento marcado para o dia 31 de Outubro desse mesmo ano. De fato, tudo em estúdio ocorreu bem, e Andi sempre está preparado para um novo disco. A qualidade é imensa, e ele prova a cada disco quais são seus objetivos como vocalista: Gambling With The Devil, como o disco foi nomeado, prova todos os elogios dados pelos fãs, e mais uma vez, conta com composições do Andi, que dessa vez, o fez de forma bem mais séria e rígida, em relação às outras. A tour desse mesmo disco, nomeada de Hellish Rock World Tour terá a participação especial da banda Gamma Ray (formada pelo ex-integrante do HelloweeN: Kai Hansen), tem início na metade do mês de Novembro, em Budapeste, e irá atravessar o mundo.

Mais uma vez escutaremos sempre o mesmo dos fãs que tiverem ou não a oportunidade de comparecer a algum desses rituais maravilhosos: Andi deixa o seu carisma por onde passa.



Por Barbara Kyrilo e Héron Petris

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